Aproximadamente
no final do ano 63 A.C., Pompeu implantou as insígnias romanas sobre os muros
de Jerusalém. Foi então que o povo judeu começou a experimentar o rigor do jugo
que Roma lhe impusera.
Entre
tantas medidas vexatórias introduzidas pelo domínio romano, contava-se aquela
que conferia a um soldado de César em viagem o direito de recrutar qualquer
judeu para carregar-lhe a bagagem até o limite de uma milha. Agora imagine como
os judeus sentiam-se humilhados todas as vezes que eram recrutados para fazer
isso!
Então,
imagine o que eles não sentiram quando Jesus Cristo lhes disse: “E qualquer que te obrigar a caminhar uma
milha, vai com ele duas” - Mateus 5:41
Já
parou para pensar no significado dessas palavras? Em outras palavras, faça
sempre mais do que a sua obrigação legal.
A
maioria de nós nunca experimenta a satisfação e a glória da segunda milha
porque se limita a percorrer, quase sempre contrariado, a primeira milha.
Existem
aqueles que só trabalham porque são obrigados, e que nunca chegarão a descobrir
o prazer e a bênção do trabalho criativo e espontâneo.
Falta-lhes o espírito de
iniciativa que nos leva a fazer mais do que o dever impõe. Quase sempre só os
que amam o que fazem conseguem descobrir o prazer da segunda milha.
Existem
aqueles que só estudam porque os pais e os professores o exigem. Esses nunca
descobrirão o prazer que o conhecimento pode lhes proporcionar. Esses só irão
estudar o que os seus mestres lhe pedirem. Aplicar-se aos estudos é caminhar a
segunda milha, motivados pelo desejo de aprender e não simplesmente de cumprir
uma obrigação.
Miguel
Rizzo faz o seguinte comentário: “O
grande princípio de Jesus divide a conduta humana em duas partes: a compulsória
e a voluntária, isto é, o que fazemos porque somos obrigados a fazê-lo, e o que
praticamos a mais, por iniciativa própria, espontaneamente”.
Quando
a enfermeira brasileira Ana Nery, nos campos de batalha do Paraguai, socorria os
soldados feridos, ela o fazia no espírito da segunda milha. Ela podia
simplesmente aliviar-lhes apenas o sofrimento físico administrando-lhes os
remédios e cuidando das suas feridas. Isso seria somente caminhar a primeira
milha. Mas, tentar diminuir-lhes o sofrimento moral com um sorriso a toda
prova, uma palavra oportuna de carinho, um gesto de amor incansável, dando de
si mesma para que outras vidas pudessem sobreviver, isso era ir além do dever.
Isso era caminhar a segunda milha.
Os
que estão dispostos a andar a segunda milha são aqueles que não esperam ser
mandados, mas vão por iniciativa própria. São os que não se limitam ao dever,
mas habitualmente vão além do dever, mesmo com sacrifício pessoal.
Os
que estão dispostos a andar a segunda milha não são os que fazem as coisas por
imposições emanadas do exterior, mas pelo ideal que existe dentro do seu
coração.
A
primeira milha está no plano do dever; a segunda, no plano do amor. O dever é
majestoso; o amor é divino. O dever obriga; o amor constrange.
Você
está pronto para ser movido pelo amor de Deus a caminhar a segunda milha e a
fazer muito mais do que a sua simples obrigação?
Talvez
hoje você seja “convidado” a caminhar a segunda milha na companhia de alguém.
Talvez hoje alguém precise mais do que simplesmente os seus serviços. Alguém
talvez esteja precisando do seu amor.
Ande
a segunda milha movido pelo amor de Deus que está em seu coração.
Deus
te abençoe!
(autor desconhecido)
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