quarta-feira, 13 de julho de 2011

Ande a "segunda milha"!



Aproximadamente no final do ano 63 A.C., Pompeu implantou as insígnias romanas sobre os muros de Jerusalém. Foi então que o povo judeu começou a experimentar o rigor do jugo que Roma lhe impusera.







Entre tantas medidas vexatórias introduzidas pelo domínio romano, contava-se aquela que conferia a um soldado de César em viagem o direito de recrutar qualquer judeu para carregar-lhe a bagagem até o limite de uma milha. Agora imagine como os judeus sentiam-se humilhados todas as vezes que eram recrutados para fazer isso!







Então, imagine o que eles não sentiram quando Jesus Cristo lhes disse: “E qualquer que te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas” - Mateus 5:41







Já parou para pensar no significado dessas palavras? Em outras palavras, faça sempre mais do que a sua obrigação legal.







A maioria de nós nunca experimenta a satisfação e a glória da segunda milha porque se limita a percorrer, quase sempre contrariado, a primeira milha.








Existem aqueles que só trabalham porque são obrigados, e que nunca chegarão a descobrir o prazer e a bênção do trabalho criativo e espontâneo.
Falta-lhes o espírito de iniciativa que nos leva a fazer mais do que o dever impõe. Quase sempre só os que amam o que fazem conseguem descobrir o prazer da segunda milha.


Existem aqueles que só estudam porque os pais e os professores o exigem. Esses nunca descobrirão o prazer que o conhecimento pode lhes proporcionar. Esses só irão estudar o que os seus mestres lhe pedirem. Aplicar-se aos estudos é caminhar a segunda milha, motivados pelo desejo de aprender e não simplesmente de cumprir uma obrigação.







Miguel Rizzo faz o seguinte comentário: “O grande princípio de Jesus divide a conduta humana em duas partes: a compulsória e a voluntária, isto é, o que fazemos porque somos obrigados a fazê-lo, e o que praticamos a mais, por iniciativa própria, espontaneamente”.







Quando a enfermeira brasileira Ana Nery, nos campos de batalha do Paraguai, socorria os soldados feridos, ela o fazia no espírito da segunda milha. Ela podia simplesmente aliviar-lhes apenas o sofrimento físico administrando-lhes os remédios e cuidando das suas feridas. Isso seria somente caminhar a primeira milha. Mas, tentar diminuir-lhes o sofrimento moral com um sorriso a toda prova, uma palavra oportuna de carinho, um gesto de amor incansável, dando de si mesma para que outras vidas pudessem sobreviver, isso era ir além do dever. Isso era caminhar a segunda milha.







Os que estão dispostos a andar a segunda milha são aqueles que não esperam ser mandados, mas vão por iniciativa própria. São os que não se limitam ao dever, mas habitualmente vão além do dever, mesmo com sacrifício pessoal.







Os que estão dispostos a andar a segunda milha não são os que fazem as coisas por imposições emanadas do exterior, mas pelo ideal que existe dentro do seu coração.







A primeira milha está no plano do dever; a segunda, no plano do amor. O dever é majestoso; o amor é divino. O dever obriga; o amor constrange.







Você está pronto para ser movido pelo amor de Deus a caminhar a segunda milha e a fazer muito mais do que a sua simples obrigação?







Talvez hoje você seja “convidado” a caminhar a segunda milha na companhia de alguém. Talvez hoje alguém precise mais do que simplesmente os seus serviços. Alguém talvez esteja precisando do seu amor.







Ande a segunda milha movido pelo amor de Deus que está em seu coração.







Deus te abençoe!


(autor desconhecido)


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